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05-05-2004

Fátima Rodrigues na Selecção Nacional


Palhaça - ADREP

A secção de atletismo da ADREP continua a formar talentos. O caso mais recente dá pelo nome de Fátima Rodrigues, ainda com idade de júnior, cuja especialidade é a marcha. Em Fevereiro passado venceu no curto espaço de uma semana os Campeonatos Nacionais de Estrada e Pista Coberta, competições que tiveram lugar em Beja e Espinho, respectivamente, o que lhe trouxe grande notoriedade, sendo nesta altura considerada a melhor júnior da actualidade. Antes dos dois títulos conquistados, Fátima Rodrigues participou, em Janeiro, no GP de Atletismo da Baixa da Banheira. Antes da prova foi informada pelo técnico nacional Luís Dias que, caso atingisse os mínimos (o máximo era 52 minutos, conseguiu 51.28) tinha grandes hipóteses, aliás como aconteceu, de representar a Selecção Nacional na Taça do Mundo de Marcha, que se realizou no passado fim-de-semana, em Naumburg, na Alemanha. Mas o caminho ainda foi longo. No último mês de Abril, a atleta bairradina foi convocada pela selecção para fazer um estágio de dez dias, que se realizou na Quarteira, de preparação para a Taça do Mundo, mas não era garantido que fosse convocada. A grande novidade surgiu dois dias antes do final do estágio, onde ganhou a Taça de Portugal, que era uma das (a única júnior) escolhidas a representar a selecção nacional na Alemanha. No sucesso de tudo isto, para além do potencial da atleta, entra a sua treinadora, Sandra Vieira Leitão, que também vai estar na Alemanha a torcer pela sua pupila. Desde que Fátima Rodrigues começou a ser treinada por Sandra Vieira Leitão, tudo se transformou na vida desportiva da atleta, ultrapassando vários obstáculos, quer físicos quer técnicos, mas, sobretudo, alguma timidez característica da atleta. SE NÃO FOSSE A TREINADORA! Influenciada pelos dois irmãos, que, na altura, andavam no atletismo, Fátima Rodrigues, que anda nestas coisas das corridas, há dez anos, optou pelo atletismo. De início, andava por andar (começou nas corridas, estrada, corta mato e pista, optando pela marcha no escalão de iniciada) mas com o passar da idade, com o surgimento dos resultados e da entrada da Sandra, começou a encarar a modalidade de outra maneira. As vitórias apareceram, várias vezes foi convidada para as concentrações das selecções, onde encontrou ainda mais motivação para treinar e lutar por outros objectivos. Quando entrou para o atletismo, Fátima Rodrigues nunca pensou tão depressa chegar a este patamar: “Nunca me passou pela cabeça. O clube não tinha grandes apoios e faltava alguma motivação. Tudo se transformou com a entrada da Sandra como treinadora. Comecei a treinar com ela, todos os dias, fui subindo de forma, a ajuda psicológica e moral foi importante, daí surgiram os resultados o que me deram um maior incentivo”. No entanto, a atleta concorda que se não fosse a Sandra podia ser um caso perdido: “Era capaz de andar por andar, não havia aquela motivação. Como ela anda na marcha há mais (8 anos e representa o FC Porto) tempo, e como na ADREP não havia ninguém especializado na marcha, foi importante a sua entrada. Mas não me esqueço que tenho aprendido muito com os treinadores da selecção”. Fátima Rodrigues ganhou o nacional de estrada e pista coberta. Esperavas ganhar? “Mais ou menos. Na estrada ia com fé de ganhar, foi fácil. Na pista, como a distância é mais curta, com adversárias mais fortes e mais rápidas, as coisas tornaram-se mais complicadas. Com o apoio da Sandra, Jorge Magalhães e Joana Almeida, superei todas as expectativas. Andei sempre atrás das adversárias, mas, a um quilómetro do fim, a Sandra mandou-me arriscar. Pensei, é agora ou nunca. Consegui e fiquei muito feliz”. Ganhar duas tão importantes provas num curto espaço de tempo é uma sensação indescritível: “É uma alegria enorme. É sinal que os treinos que tenho feito têm dado bons resultados. Foi fruto da colheita”, confessou Fátima Rodrigues. Um dos seus momentos altos foi a prova na Baixa da Banheira, onde tentou os mínimos e conseguiu, o que lhe garantia, como garantiu a presença na Taça do Mundo. A Sandra correu a seu lado, controlou o tempo e o abastecimento. Mas foi complicado, como nos contou atleta: “A três quilómetros do fim disse à Sandra para ela não me abandonar, continuar a dar-me força, puxar por mim. Foi assim que consegui atingir os mínimos”. Dois meses e meio depois dessa prova, nos dias finais do estágio na Quarteira, Luís Dias comunicou-lhe que era uma das escolhidas para estar na Taça do Mundo: “A reacção? Chorei de alegria. Tinha esperança que isso acontecesse. Telefonei a toda a gente”. A PALAVRA DA TREINADORA Sandra Vieira Leitão tem grande quota-parte no êxito de Fátima Rodrigues. Segundo a sua treinadora, é uma boa amiga, que gosta de cumprir com o treino e tenta ser melhor possível. O trabalho de conjunto motiva ambas, e, desde que a começou a treinar, viu nela potencialidades: “Aos poucos, isso foi visível. Melhorou nos treinos, perdeu grande parte da timidez, os resultados têm sido determinantes para a sua evolução”. Sandra Vieira Leitão não tem dúvidas que, se a sua pupila continuar assim, a treinar e a lutar com a força de vontade demonstrada até aqui, irá chegar ainda mais alto na modalidade. Segundo a treinadora, “tem muitas qualidades, estrutura, caixa-de-ar, tecnicamente marcha muito bem. Não faz muitas faltas, de flexão ou suspensão”. FÁTIMA RODRIGUES À LUPA Nome: Fátima Alejandra Fontes Rodrigues Data de nascimento: 13/5/1986 Natural: Palhaça (nasceu na Venezuela). Estudos: 12.º - frequenta o IPSB, quero seguir Humanidades e Letras. Clubes: ADREP Clube: Benfica Quem a influenciou: Meus irmãos e meus pais. Melhor treinador: António Poutena, Sandra Vieira Leitão e José Magalhães. Maior alegria: Os mínimos para a Taça do Mundo e ser considerada atleta de alta competição. Decepção: No ano passado, no campeonato nacional de pista ao ar livre, em Abrantes. Fiquei em quarta. Tudo me correu mal. Como se define: Teimosa, amiga, simpática, muito reservada. É preciso muita coragem e sofrer muito para alcançar os objectivos. Sonho e objectivos: Conseguir os mínimos e participar no Campeonato do Mundo em Itália, e vencer o Campeonato de Pista de Juniores. Manuel Zappa

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